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Classificação Fiscal: Essencial para a Eficiência das Importações

Escrito por michele em .
A classificação fiscal desempenha um papel essencial na eficiência das operações de importação, sendo um dos pilares que sustentam o comércio internacional de maneira organizada e regulamentada. Além disso, ela assegura o cálculo e o pagamento corretos de todos os tributos incidentes, evitando surpresas desagradáveis durante o despacho aduaneiro.Neste artigo, vamos explorar o processo de nacionalização de mercadorias e destacar a importância da classificação fiscal nesse contexto.
Classificação Fiscal

Como funciona o processo de nacionalização de mercadorias?

A nacionalização de mercadorias regulariza produtos importados e os disponibiliza para consumo no mercado nacional.Além disso, esse procedimento envolve uma série de etapas e requer plena conformidade com as regulamentações aduaneiras.O processo de nacionalização, inicialmente, começa com o importador ou seu representante legal registrando a Declaração Aduaneira (DI/DUIMP).Nesse documento, a declaração aduaneira detalha todas as informações relativas à mercadoria importada e à operação em questão.Em seguida, uma vez registrada a DI/DUIMP, o passo seguinte é o pagamento dos tributos devidos. Entre eles, destacam-se: Imposto de Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS-Importação, COFINS-Importação, ICMS e AFRMM (quando aplicável), além da Taxa de Utilização do Siscomex (TUS).Por fim, após o pagamento dos impostos, a mercadoria é submetida ao despacho aduaneiro. Essa etapa envolve análises realizadas pela Receita Federal do Brasil (RFB), que consideram o grau de risco identificado pelos sistemas da própria RFB, ferramentas de Inteligência Artificial (IA) e o histórico do importador. A declaração aduaneira, então, é parametrizada para um de seus canais (verde, amarelo, vermelho ou cinza).Uma vez que o auditor fiscal da RFB realiza a análise documental e, em alguns casos, a inspeção física da mercadoria, e não constata nenhuma irregularidade na documentação apresentada em relação à mercadoria embarcada e à legislação vigente, ele conclui o processo de despacho aduaneiro. Dessa forma, a mercadoria é liberada para entrada em território nacional, finalizando o Desembaraço Aduaneiro.

O que pode dar errado durante a nacionalização de mercadorias?

O processo de nacionalização de mercadorias pode ser complexo e sujeito a várias complicações, especialmente quando a operação não está em conformidade com a legislação aduaneira vigente. Por isso, é fundamental garantir a classificação fiscal correta, pois ela assegura que a operação siga as regulamentações específicas de cada produto importado.A documentação incompleta é uma das principais causas de problemas na nacionalização de mercadorias. Assim como um jogo documental completo, mas com informações desencontradas também significa problema, já que o processo será paralisado até que a correção do seja feitaDeste modo, é importante salientar que documentos como a fatura comercial, packing list, conhecimento de embarque, certificado de origem e a declaração de importação precisam estar corretos e completos. Caso contrário, qualquer discrepância pode resultar em atrasos ou até mesmo na retenção da mercadoria pela RFB.Além disso, outro ponto tão importante quanto a documentação apresentada à RFB, e que também pode impactar negativamente a nacionalização, é a classificação fiscal de mercadorias.Cada produto importado deve ser classificado corretamente de acordo com suas características específicas. A classificação incorreta pode levar ao pagamento incorreto de tributo, além da incidência de multas e outras penalidades, gerando atrasos indesejados ao processo e custos adicionais.Por meio de uma classificação fiscal correta, é possível identificar se existem restrições ou barreiras comerciais, como cotas de importação, proibições específicas ou sanções econômicas, que podem dificultar ou até impedir a importação de certas mercadorias.Agora, imagine a seguinte situação: você, analista de comércio exterior, é responsável pela compra internacional de uma mercadoria com uma cota de importação reduzida. No entanto, devido à classificação incorreta do seu produto, você não teve acesso a essa informação. Consequentemente, pense no tamanho do prejuízo que sua empresa pode enfrentar, especialmente dependendo dos valores envolvidos na operação!

Erros comuns em Classificação Fiscal e suas consequências

Erros na classificação fiscal de mercadorias, portanto, podem acarretar diversas consequências negativas. Por isso, evitar falhas comuns e implementar boas práticas de classificação fiscal é essencial para minimizar riscos e garantir a conformidade das operações de importação.A seguir, vamos conhecer alguns dos erros mais comuns na classificação fiscal e suas respectivas consequências:
  • Constatação de irregularidades na fatura comercial (Commercial Invoice): multa fixa no valor de R$200,00, conforme Art. 715 do Regulamento Aduaneiro (RA);
  • Erro na classificação fiscal da mercadoria: multa de 1% sobre o valor aduaneiro (incluindo preço da mercadoria, frete e seguro internacional), com mínimo de R$500,00 e máximo de 10% do valor total da declaração de importação, conforme o Art. 711 do RA.
  • Não apresentação do Packing List (Romaneio de Carga): multa fixa de R$500,00, conforme alínea “e”, inciso VIII do Art. 728 do RA;
  • Constatação de discrepância entre o preço declarado e o valor praticado no mercado. Se o valor declarado da importação estiver abaixo do custo de produção, isso pode ser caracterizado como subvaloração. Nesse caso, a multa é de 100% sobre a diferença apurada no valor registrado, além de outras penalidades cabíveis, conforme o Art. 703 do RA.
  • Mercadoria embarcada antes da emissão da Licença de Importação (LI): multa de 30% sobre o valor aduaneiro, conforme alínea “b”, inciso I do Art. 706 do RA.

Como a classificação fiscal impacta na eficiência operacional da minha importação?

A classificação fiscal de mercadorias importadas, portanto, é essencial para a eficiência do processo de importação, pois impacta diretamente a agilidade das operações e os custos envolvidos.Por exemplo, uma classificação correta determina com exatidão os tributos incidentes sobre a mercadoria, permitindo um planejamento financeiro preciso e evitando surpresas indesejadas.Além disso, essa correta classificação agiliza os processos de despacho e desembaraço aduaneiro, reduzindo o tempo que a mercadoria permanece retida na alfândega. Isso resulta em menos custos de armazenagem e Demurrage (quando aplicável), além de garantir um fluxo de importação mais eficiente.Ademais, uma classificação tarifária feita de maneira correta assegura a conformidade da operação com a legislação vigente. Como resultado, evita problemas com as autoridades fiscais aduaneiras e protege a empresa de multas e sanções. Essas penalidades, em alguns casos, poderiam até inviabilizar a operação, proporcionando, por fim, maior segurança jurídica.

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